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Filmagem
O filme foi rodado em 1985, tendo por principais locações os subúrbios de Chicago de Northbrook, Glencoe e Highland Park, e em Los Angeles. A parada do Dia de Von Steuben foi gravada no dia 28 de setembro, um sábado. A maior parte do filme se passa em volta do campus do New Trier High School, em Northfield. As cenas urbanas ocorrem no centro de Chicago e em Winnetka (interior da casa de Ferris, escritório da mãe, etc). Já o exterior da casa de Ferris (fotografia mais abaixo) está situado em Long Beach, na Califórnia, enquanto a casa modernista de Cameron Frye fica no 370 Beech Street, em Highland Park, e foi obra dos arquitetos A. James Speyer e David Haid, e pertenceu ao fotógrafo Ben Rose.A Ben Rose House e o Car Museum (espaço "imortalizado" por ter sido onde foi lançada a Ferrari) tornaram-se, posteriormente, atrativos turísticos de Chicago.

Segundo o professor de artes Franz Shulze, do Lake Forest College, durante a filmagem da sequência que mostra a queda da Ferrari pela janela foi feita de modo a garantir a integridade da construção – o pavilhão que serve de garagem é obra pioneira, projetada por David Haid para abrigar a coleção de carros do proprietário. A mansão, cercada por árvores que ocupam uma área livre de 5.300 m², foi construída em 1953 com quatro dormitórios e três suítes; em 2011 foi posta à venda pelo valor mínimo de 1,65 milhão de dólares; situa-se a 25 milhas ao norte de Chicago.Em 2009 o imóvel foi relacionado como um dos patrimônios arquitetônicos mais ameaçados de Illinois, o que não procede já que o mesmo é tombado; assim, não pode ser demolido, a menos que perca esta proteção.

Sarah Sherman, analisando o papel da obra de Seurat na cultura popular, traz como exemplo maior a cena da visita ao museu em que Cameron Frye detém-se na obra-prima do mestre pós-impressionista; a autora revela que a decisão de Hughes em efetuar um zoom na imagem e no rapaz, mostra como a arte pontilhista pode encantar e, ainda, demonstrar que o público pode reconhecer o trabalho do artista até mesmo pelos pontos contrastantes e sua infinidade de cores aparentemente não relacionadas. Segundo ela, Cameron fica perplexo, o que se comprova por menear a cabeça para observar melhor, diante da imensa pintura que retrata uma cena de um século antes, em que se destacam uma mulher com sombrinha e um pequeno macaco; somente quando a câmera se aproxima é que o espectador tem a percepção daquilo que intriga Frye, a centímetros de distância: os milhões de pontos que, colocados individual e estrategicamente, acabam por formar a figura maior.